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Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.


29 de junho de 2009.
Caros amigos,
Construí o texto a seguir com base em: Ferreiro, Emília. Alfabetização em processo. Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.
A autora inicialmente se baseia nas teorias e epistemologias de Piaget, a criança constrói seus sistemas de interpretação, ou seja, pensa em diferentes hipóteses para a construção de seu conhecimento.
Na aprendizagem inicial da alfabetização são usadas diferentes práticas, baseadas na união de sílabas, memorização, cópia etc. Nesse processo a criança não participa da construção do conhecimento. Para a autora a leitura e a escrita são sistemas que as crianças criam passo a passo.
A alfabetização é algo que acontece de variadas formas para cada indivíduo, depende da maneira de como ele é estimulado. È caracterizado por grandes dificuldades a nível cognitivo. Há uma constante reconstrução, feita pela criança, de seu conhecimento adquirido, levando-a a transformações internas e assim ela pode avançar ao desenvolvimento da escrita e da leitura, embora a autora diz ser também aberto à interação social na escola e fora dela.
Ferreiro reconhece que de fato as crianças reinventam a escrita, elas necessitam primeiramente compreender o processo de construção. “ Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e da escrita, do ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente constituído...” (p.10). As crianças criam hipóteses sobre este objeto de conhecimento.
A autora coloca que existe um modo de organização, que são os processos de construção do conhecimento, são várias fases ou etapas que a criança pode tanto avançar quanto recuar, até se apossar do código lingüístico e dominá-lo, o tempo que cada criança passa Poe cada etapa é individual. Essa evolução deve ser respeitada pelo professor, para que não haja aqueles velhos comentários: esse aluno não aprende, ou esse aluno tem problemas de aprendizagem e assim por diante.
Quando se procura apreender o desenvolvimento da leitura e da escrita, no que diz respeito às técnicas da escrita, encontra-se que muitas representações se confundem, não somente na escrita (grafia), como na área do fonema (som), exemplo disso, são as letras k e c quando mostramos a palavra casa, a uma criança que está sendo alfabetizada.Existem vários problemas cognitivos que são evidentes: por exemplo, a criança esbarra com problemas de classificação, quando procura entender e representar à escrita. Ela por exemplo confunde os símbolos lingüísticos que são constituídos, por combinações de linhas: pauzinhos e bolinhas. Mais alguns chamamos de letra e outros de números, exemplo: a letra b e o numero 6, a criança os confunde facilmente, ela ainda não diferenciam letras de números, acham que escrever e desenhar significa a mesma coisa e não relaciona a escrita com a fala.
A criança parte do suposto que tudo que está escrito representa o nome da figura que é mostrada, independentemente das letras e do som que elas representam.
Ela necessita encontrar novas formas para resolver seus novos problemas, Lingüisticamente, existem quatro níveis de variação no status da sílaba:
1- A sílaba é utilizada sem que a criança consiga saber como;
2- A sílaba começa atuar como indicador, mais é difícil de ser coordenado com outro da mesma natureza;
3- A sílaba se converte em uma parte não ordenada do nome;
4- compreende que não somente é um nome mais que existe uma ordem silábica para se formar este nome. A sílaba de um nome passa a ser ordenada.
O princípio de “variação interna” é aplicada em dois níveis: de uma dada escrita; e, de conjunto de escritas relacionadas: Quando a “hipótese silábica” está no auge, as crianças precisam de letras diferentes para cada escrita, e de letras diferentes para uma mesma. É sua posição que determina a interpretação. Nossa escrita convencional não se acomoda a esse esquema, pois a criança compreende o que faz, mas não o que os outros fazem.
“A interpretação da escrita antes da leitura convencional”, estuda o significado do psicogenético dos esforços infantis para interpretar textos escritos em momentos evolutivos anteriores a compreensão das relações existentes entre as letras e os sons da língua. Afirma que, antes de ser capaz de ler, a criança tenta interpretar os variados textos existentes. A bagagem de esquemas interpretativos, antes da escolarização, é essencial sobre qual base será possível estimar que tal ou qual informação será assimilada. Além disso, o processo de leitura implica em que o leitor recorra a fontes de informação visuais ou não-visuais. A primeira é aquela disponível de forma gráfica. Já, a segunda, é o conhecimento da língua que cada um possui. Finalmente, o ato leitor deve ser concebido como um processo coordenativo de informações de procedência diversificada e cujo objetivo é a obtenção de significado expresso lingüisticamente.
Bem pessoal esta foi minha reflexão teste texto, espero ter entendido corretamente e que de alguma forma possa ajudá-los.
Até mais e um grande abraço.

1 comentários:

Prof. Ivan Amaro disse...

A reflexão ficou excelente!! Você captou os tópicos mais relevantes, se debruçou sobre eles e articulou com a realidade!

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