16:45

Contextos na Alfabetização

22:31

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.


29 de junho de 2009.
Caros amigos,
Construí o texto a seguir com base em: Ferreiro, Emília. Alfabetização em processo. Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.
A autora inicialmente se baseia nas teorias e epistemologias de Piaget, a criança constrói seus sistemas de interpretação, ou seja, pensa em diferentes hipóteses para a construção de seu conhecimento.
Na aprendizagem inicial da alfabetização são usadas diferentes práticas, baseadas na união de sílabas, memorização, cópia etc. Nesse processo a criança não participa da construção do conhecimento. Para a autora a leitura e a escrita são sistemas que as crianças criam passo a passo.
A alfabetização é algo que acontece de variadas formas para cada indivíduo, depende da maneira de como ele é estimulado. È caracterizado por grandes dificuldades a nível cognitivo. Há uma constante reconstrução, feita pela criança, de seu conhecimento adquirido, levando-a a transformações internas e assim ela pode avançar ao desenvolvimento da escrita e da leitura, embora a autora diz ser também aberto à interação social na escola e fora dela.
Ferreiro reconhece que de fato as crianças reinventam a escrita, elas necessitam primeiramente compreender o processo de construção. “ Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e da escrita, do ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente constituído...” (p.10). As crianças criam hipóteses sobre este objeto de conhecimento.
A autora coloca que existe um modo de organização, que são os processos de construção do conhecimento, são várias fases ou etapas que a criança pode tanto avançar quanto recuar, até se apossar do código lingüístico e dominá-lo, o tempo que cada criança passa Poe cada etapa é individual. Essa evolução deve ser respeitada pelo professor, para que não haja aqueles velhos comentários: esse aluno não aprende, ou esse aluno tem problemas de aprendizagem e assim por diante.
Quando se procura apreender o desenvolvimento da leitura e da escrita, no que diz respeito às técnicas da escrita, encontra-se que muitas representações se confundem, não somente na escrita (grafia), como na área do fonema (som), exemplo disso, são as letras k e c quando mostramos a palavra casa, a uma criança que está sendo alfabetizada.Existem vários problemas cognitivos que são evidentes: por exemplo, a criança esbarra com problemas de classificação, quando procura entender e representar à escrita. Ela por exemplo confunde os símbolos lingüísticos que são constituídos, por combinações de linhas: pauzinhos e bolinhas. Mais alguns chamamos de letra e outros de números, exemplo: a letra b e o numero 6, a criança os confunde facilmente, ela ainda não diferenciam letras de números, acham que escrever e desenhar significa a mesma coisa e não relaciona a escrita com a fala.
A criança parte do suposto que tudo que está escrito representa o nome da figura que é mostrada, independentemente das letras e do som que elas representam.
Ela necessita encontrar novas formas para resolver seus novos problemas, Lingüisticamente, existem quatro níveis de variação no status da sílaba:
1- A sílaba é utilizada sem que a criança consiga saber como;
2- A sílaba começa atuar como indicador, mais é difícil de ser coordenado com outro da mesma natureza;
3- A sílaba se converte em uma parte não ordenada do nome;
4- compreende que não somente é um nome mais que existe uma ordem silábica para se formar este nome. A sílaba de um nome passa a ser ordenada.
O princípio de “variação interna” é aplicada em dois níveis: de uma dada escrita; e, de conjunto de escritas relacionadas: Quando a “hipótese silábica” está no auge, as crianças precisam de letras diferentes para cada escrita, e de letras diferentes para uma mesma. É sua posição que determina a interpretação. Nossa escrita convencional não se acomoda a esse esquema, pois a criança compreende o que faz, mas não o que os outros fazem.
“A interpretação da escrita antes da leitura convencional”, estuda o significado do psicogenético dos esforços infantis para interpretar textos escritos em momentos evolutivos anteriores a compreensão das relações existentes entre as letras e os sons da língua. Afirma que, antes de ser capaz de ler, a criança tenta interpretar os variados textos existentes. A bagagem de esquemas interpretativos, antes da escolarização, é essencial sobre qual base será possível estimar que tal ou qual informação será assimilada. Além disso, o processo de leitura implica em que o leitor recorra a fontes de informação visuais ou não-visuais. A primeira é aquela disponível de forma gráfica. Já, a segunda, é o conhecimento da língua que cada um possui. Finalmente, o ato leitor deve ser concebido como um processo coordenativo de informações de procedência diversificada e cujo objetivo é a obtenção de significado expresso lingüisticamente.
Bem pessoal esta foi minha reflexão teste texto, espero ter entendido corretamente e que de alguma forma possa ajudá-los.
Até mais e um grande abraço.

19:47

Estudo errado - Gabriel o Pensador.

Olá pessoal,
Achei bem interessante a letra da música Estudo errado do Gabriel, que trabalhamos em outra disciplina, retrata bem algumas escolas de nosso país. A professora nos pediu para fazermos uma carta a partir daletra da música, depois eu postarei a carta que escrevi,´por enquanto fiquem com a letra da música.
Bjks.
Estudo Errado
Gabriel Pensador
Composição: Gabriel, O Pensador
Eu tô aqui Pra quê? Será que é pra aprender? Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?Tô tentando passar de ano pro meu pai não me baterSem recreio de saco cheio porque eu não fiz o deverA professora já tá de marcação porque sempre me pegaDisfarçando, espiando, colando toda prova dos colegasE ela esfrega na minha cara um zero bem redondoE quando chega o boletim lá em casa eu me escondoEu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gudeMas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádiPra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tardeOu quem sabe aumentar minha mesadaPra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)Não. De mulher peladaA diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nadaE a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)A rua é perigosa então eu vejo televisão(Tá lá mais um corpo estendido no chão)Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação- Ué não te ensinaram?- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútilEm vão, pouco interessantes, eu fico pu..Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio(Vai pro colégio!!)Então eu fui relendo tudo até a prova começarVoltei louco pra contar:Manhê! Tirei um dez na provaMe dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprovaDecorei toda liçãoNão errei nenhuma questãoNão aprendi nada de bomMas tirei dez (boa filhão!)Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueciDecorei, copiei, memorizei, mas não entendiQuase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueciDecorei, copiei, memorizei, mas não entendiDecoreba: esse é o método de ensinoEles me tratam como ameba e assim eu não raciocinoNão aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatosDesse jeito até história fica chatoMas os velhos me disseram que o "porque" é o segredoEntão quando eu num entendo nada, eu levanto o dedoPorque eu quero usar a mente pra ficar inteligenteEu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou genteE sei que o estudo é uma coisa boaO problema é que sem motivação a gente enjoaO sistema bota um monte de abobrinha no programaMas pra aprender a ser um ingonorante (...)Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestreMas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!Ou que a minhoca é hermafroditaOu sobre a tênia solitária.Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)Vamos fugir dessa jaula!"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)Não. A aulaMatei a aula porque num davaEu não agüentava maisE fui escutar o Pensador escondido dos meus paisMas se eles fossem da minha idade eles entenderiam(Esse num é o valor que um aluno merecia!)Íííh... Sujô (Hein?)O inspetor!(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversarE me disseram que a escola era meu segundo larE é verdade, eu aprendo muita coisa realmenteFaço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!Então eu vou passar de anoNão tenho outra saídaMas o ideal é que a escola me prepare pra vidaDiscutindo e ensinando os problemas atuaisE não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus paisCom matérias das quais eles não lembram mais nadaE quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçadaRefrãoEncarem as crianças com mais seriedadePois na escola é onde formamos nossa personalidadeVocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sóciosQuem devia lucrar só é prejudicadoAssim vocês vão criar uma geração de revoltadosTá tudo errado e eu já tou de saco cheioAgora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!Mas é só a verdade professora!Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

19:28

Aula do dia 18/06

Olá pessoas!!
Hoje irei fazer a reflexão do texto "Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização Inicial na Escola: Perspectiva Sociolínguistica" de Erik Jacobson.
Este texto assemelha-se em alguns aspectos com o texto de Teberosky trabalhado anteriormente. O autor nos traz uma abordagem à necessidade que há, de nós educadores, em utilizarmos o que as crianças já trazem de casa, seu ambiente cultural, se tem ou não o costume de leitura e escrita. Isso pode influenciar, mas não determina o sucesso ou fracasso dessa criança. Quando a criança adentra-se no ambiente escolar, acredita que irá encontrar uma linguagem familiarizada com a que ela já está afeiçoada, ao encontrar um contexto totalmente diferente de sua realidade, a adequação a este novo contexto, será mais complexo.
O texto enfatiza que a alfabetização está abertamente ligada a questão da identidade social e por isso não se trata apenas de dominar a prática das letras. A diversidade que se encontra em uma sala de aula, nos permite fazer uso de múltiplas alfabetizações ao invés de seguir um único padrão .
É bem simpático quando o autor diz que se a criança não consegue aprender novas práticas letradas, e se a professora desvaloriza as práticas letradas do ambiente que ela deriva, é claro que a escola está falhando e não o aluno. Tem-se o hábito de dizer que o fracasso escolar é culpa do aluno, porém, nesse texto o autor mostra o despreparo da escola em atender alunos com realidade diferente da que ela oferece.
Achei bem interessante a abordagem que o autor apresenta com o exemplo Americano e Europeu, onde algumas escolas oferecem o ensino bilingue e a dificuldade que os imigrantes têm em manter esse direito de alfabetizarem seus filhos na língua materna e na língua do país onde estão morando, geralmente guiadas por questões políticas e econômicas. A alfabetização é um ato comunicativo e deve acontecer de acordo com cada contexto. É respeitável que a escola considere a norma padrão de fala, mas, levando o aluno a conhecer a variedade que existe dentro de uma mesma língua .
É fato que nossa língua sofre diferenças dentro do nosso próprio país, o significado de uma palavra em um estado é diferente em outro. Até mesmo quando fiz um curso de LIBRAS (língua brasileira de sinais) percebi que também existem essas diferenças.
No estágio, que realizei em uma creche municipal, aqui na Baixada, perto da minha casa. Fiquei na turma de 4 anos, Vi que as crianças não se identificavam muito com o que se aplicava na creche. Por exemplo, A professora levou para a sala um mural com o nome das profissões e colocou: médico, engenheiro, entre outras totalmente fora da realidade dessas crianças. Teve uma menina que disse que a profissão do seu pai era de “derrubar” policiais que subiam o morro, a professorar disse-lhe que isso não era profissão, mas, no entender dela (da menina) era. Bem isso retrata bem o absurdo de se estar totalmente fora da realidade local da criança.
Dessa forma, percebi como o texto contribuiu para percebermos o quanto é necessário, nós enquanto educadores, estarmos adaptados a realidade e as dificuldades apresentada dentro das escolas e valorizar os conhecimentos que os alunos já trazem de sua realidade. Repensar a escola dentro das diversidade sociais, tornado-a espaço agradável e inclusivo.
Um grande abraço a todos.

17:16

Nossa 1º Socialização.


15 de Junho de 2009.
Caros amigo,
Hoje vou contar-lhes como foi nossa 1º socialização, que foi realizada no dia 04 de Junho de 2009. Bem primeiramente vamos ver o conceito de socialização:
Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos.É através da Socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos Sistemas Sociais.
A socialização da nossa turma, foi para cada um de nós mostrarmos como ocorreram a criação e o desenvolvimento dos nossos blogs. foi muito legal e implogante, pensei que iria ser complicada, mas o Ivan levou de uma forma muito interativa e facilitou bastante nossa apresentação. Todos percebemos como foi interesante todo esse processo, vi como eu e os demais colegas avançamos em nossas produções. Eu particularmente, já havia ouvido falar em blog, mas não tinha a menor idéia de como era ainda mais ter que criar um, foi um pouco dfícil, mas tive ajuda da minha filha e de um amigo dela, somenter para a criação do blog, após foi uma descoberta minha e a cada postagens eu melhorava mais ainda minhas produções, foi prococurando informações e até mesmo futucando ali e acolá que fui crescendo em meu desenvolvimento, tanto na prática de escrever mesmo, quanto na utilização das ferramentas do blog. Percebi com a socialização que muitas das minhas dificuldades, também as eram dos colegas e assim me senti mais segura. Não vejo a hora da próxima socialização.
Bkjs pra todos.
Marcia Rocha

11:33

Não deixem de ver esse vídeo!!

Olá pessoal, esse slid que estou apresentando, foi produzido pela Proº Ana Maria M. Mantovani e suas alunas de um curso de Pedagogia, infelizmente não sei informar de qual universidade. Ele mostra-no a importância das brincadeiras e como o desenhar assume papel relevante para a cognição das crianças. O teatro, a música, a mediação de histórias levam as crianças a uma maior integração e funcionam como elementos facilitadores para o processo interdisciplinar. Fala também da importância da família, ou seja, tudo que uma criança necessita para dar sentido à sua vida, que a realiza e ajuda a se desenvolver. Não deixem de ver.
Um abraço a todos.

20:09

Contexto de Alfabetização na aula.


03 de Junho de 2009.
Olá, a seguir farei uma breve reflexão da aula do dia 28 de Maio de 2009.
As autoras defendem uma construção construtivista, o trabalho cognitivo, e para que se realize as atividades , coloca a criança em contato com a diversidade de materiais e variados tipos de textos.
“A informação e os conhecimentos iniciais na alfabetização” é algo que vem de fora, os contextos são variados: Podem ser gêneros, que servem para pensar, refletir etc; escrever o que as crianças contam; registrar uma historia; fazer uso do par adjacente ( como vimos anteriormente nas discussões da aula anterior); trabalhar a compreensão e a reflexão, a criança vai estabelecendo a familiaridade tanto na escrita quanto na leitura, é a produção de um sistema de escrita criado por ela mesma.
A criança tem o adulto como um modelo, observa suas ações, que as autoras denominam “Contexto de aprendizagem em ação”, porém elas não ficam somente na posição de observadores, também participam dessas ações.
P processo de escutar a leitura, pode também funcionar como instrumento para o enriquecimento do vocabulário da criança.
“Escrever em voz alta” auxilia na percepção dos diversos conteúdos e aspectos do processo de escrever” (M. Pascucci).

09:41

1º Seminário de Leitura em Duque de caxias.

02 de Junho de 2009.

Olá pessoal, irei fazer uma breve reflexão do 1º Seminário de Leitura em Duque de Caxias, que participei nos dias 14 e 15 de Maio.
O objetivo deste seminário era socializar práticas bem sucedidas de Promoção de Leitura Literária na escola em espaços comunitários. Houve a apresentação de várias mesas redondas, com as presenças de variadas autoridades municipais, representante da Fundação CeA, da CARE Brasil e muito outros. Aconteceram várias oficinas, distribuídas por localidades variadas, na parte da tarde dos dois dias de seminário. Durante os intervalos eram realizadas mediações de leituras, mediadas por participantes do Projeto apresentados no seminário, bem, nem precisa dizer o quanto foi relevante a experiência vivenciada por mim, para a minha aprendizagem como estudante de Pedagogia.

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